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vendredi 25 mars 2016

Cheese cake de chá matcha, limão e morangos

Você com certeza já ouviu falar da cerimônia do chá. Praticada nos templos budistas japoneses, ela é acompanhada de uma bebida feita a partir do pó das folhas de chá verde. O gosto dessa bebida é único e complexo: ao mesmo tempo suave e ligeiramente amargo com notas de madeira e cheiro iodado... uma associação entre terra e mar. Para balancear essa característica ele é geralmente consumido com alguma guloseima, equilibrando a experiência do paladar.

Eu o conheci através de receitas de sobremesas. Aqui na França ele é bastante empregado na cozinha e recentemente também tenho usado para fins estéticos (uma máscara antioxidante para o rosto que é um luxo! Coloco a receitinha em breve). Para mim o efeito coup de fouet é imediato! Energia para o dia todo sem os altos e baixos que a cafeína provoca, por exemplo (eu praticamente parei de tomar café, apesar de gostar muito do gosto da bebida. ).

A receita de hoje acabou virando um clássico aqui em casa. O sabor cítrico do limão e a acidez do morango combinam perfeitamente com o matcha. Esse cheese cake é garantia de sucesso!

Cheese cake de chá matcha, limão e morangos

By Bru



By Bru
Para 1 torta: 40 min de preparação – 1h de cozimento – 1h (mínimo) de geladeira

Ingredientes:
- 150g de biscoito de gergelim;
- 70g de manteiga derretida;
- 600g de cream cheese;
- 250ml de creme de leite sem soro ou creme de leite fresco;
- 190g de açúcar;
- 3 ovos + 1 gema (já batidos);
- 1 c. de c. de essência de baunilha;
- 1 c. de s. de raspas de limão;
- 1 c. de s. de chá matcha;
- 1 pitada de sal

Material:  1 forma redonda de fundo falso de 20cm de diâmetro

Modo de preparo:
  1. Pré-aqueça o forno a 170°C; Esfarele os biscoitos e acrescente a manteiga derretida. Misture bem com as mãos. Unte a forma (as laterais também) e cubra o fundo com a mistura de biscoitos. Utilize as mão para espalhar de forma uniforme e deixar a superfície lisa. Leve ao forno por 10 min;
  2. Na batedeira bata o cheese cake. Acrescente o açúcar pouco a pouco sem para de bater. Depois acrescente um a um os ingredientes batendo sempre que acrescentar algo novo: o matcha, o sal, as raspas de limão, o creme de leite sem soro, a essência de baunilha e os ovos. Bata tudo até a mistura ficar homogênea.
  3. Unte novamente as laterais da forma e derrame a mistura sobre o biscoito. Leve ao forno por mais 10 min e depois baixe a temperatura do forno para 120°C. Deixe cozinhar por 40-45 min. O cheese cake está bom quando  o balançamos e ele fica um pouco trêmulo no meio;
  4. Deixe esfriar por 20 min e leve à geladeira por 1h no mínimo;
  5. O cheese cake vai murchar e pouco a pouco irá se desgrudar da forma;
  6. No momento de servir acrescente os morangos cortados em rodelas (0,5 cm de espessura) por cima do cheese cake.


É ou não é uma tentação?!

mercredi 23 mars 2016

“Le Sûpreme de la brésilienne”, uma grande sacada?

A pergunta de uma amiga sobre a suposta capa do Charlie Hebdo me fez sair um pouco de meu recente universo de fraldas de pano, mamás e cantigas de ninar, para olhar mais de perto o que poderia estar por trás da imagem, e principalmente da frase “Confirmé: Le Suprême Brésilienne c’est une merde”. A pergunta da minha amiga foi se a frase está certa ou não.


Numa olhada rápida dizemos logo de cara que está errada, pois aprendemos nas primeiras aulas de francês que “le” é artigo definido masculino logo “o Supremo”, mas o adjetivo “Brésilienne” não concorda com esse substantivo, já que é feminino (brésilien seria o correto gramaticalmente). Então, traduzindo, teríamos “O Supremo Brasileira” que soa estranho tanto em português quanto em francês.

Na imagem, vemos o Lula passar a mão na bunda da Justiça! (Essa frase é engraçada!) Justiça é um substantivo feminino, o que poderia explicar o “erro” de concordância, mas ainda assim é difícil de aceitar essa leitura. Depois de olharmos mais de perto, eu e Bru pensamos num outro contexto em que encontramos a palavra “sûpreme”. Seria um tipo de corte usado principalmente nas aves, corte que enfatiza suas partes nobres (peito e coxa da asa). E o leitor não está errado se pensou no “Supreme da Sadia”. A diferença é que a ave comercializada pela Sadia é inteira, sendo que em francês quando falamos “sûpreme de volaille” é realmente só o peito e a coxa da asa. Seria como se tivesse escrito: “Confirmado: o Filé da Brasileira é uma merda!” (em francês, daria “Le sûpreme de la Brésilienne, c’est une merde”). Então quando pensamos nisso vimos que seria uma grande sacada do Charlie Hebdo em ter feito esse jogo de palavras. Jogo de palavras coerente com a imagem.

É uma excelente frase mesmo que a tal capa do jornal nada mais é que um tosco fake.


Assim sendo, só podemos deduzir que quem criou a capa fake cometeu um erro grotesco de francês! E que, apesar do erro, uma coisa é a intenção do autor (que supostamente queria dizer LA Cour Sûpreme, ou seja, o STF), outra é o que se produziu com a ambiguidade. De toda forma, é muito mais irônico e coerente com as propostas do Charlie pensar no “filé da justiça” do que simplesmente no enunciado “a justiça do Brasil é uma merda”.