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samedi 24 décembre 2011

Feliz Natal

Je vous ai promis un tas de recettes, je le sais... mais je suis justement dans la cuisine depuis ce matin et pas le temps de venir ici vous écrire. Alors, je le ferai bientôt. Je vous laisse donc avec cette belle photo que Bruno a prise hier à Colmar et nous vous souhaitons un 

By Bru
Joyeux Noël!


jeudi 22 décembre 2011

Adaptar-nos-emos

Desde a primeira vez que cheguei à França, uma das primeiras coisas que eu percebi foi todo o ritual existente em torno de uma boa mesa de comida. Daí pensei: "Gente! Meu lugar é mesmo aqui". Vocês podem me dizer que no Brasil a gente também gosta de comer e não tiro a razão de ninguém. Porém a grande diferença estar em saber apreciar o momento da comida, ou seja, todos os efeitos que ela lhe causa quando entra em contato com as suas papilas gustativas.

No Brasil tem essa onda da fartura, do exagero, daquele mundo de comida que não acaba mais... já viu festa de bacana? Você chega num salão de festas e lá no fundo tem uma mesona de buffet com um monte de coisas... daí a galera começa a fazer a fila, pega um pratinho e manda a ver na quantidade (para evitar a fadiga de ter que pegar a fila de novo, né?!). Então a gente fica ali nos petiscos, cervejinha e lá pelas tantas eles servem o jantar (e sempre tem aquele sorvete com calda quente de banana... sempre assim!) em que tem carne pra dar com o pau, arroz e uma saladinha. Enfim, você sai da festa estufada, com o vestido mostrando a costura lateral e a sandália de salto você já arrancou faz tempo. E quais são os comentários no dia seguinte : "A festa do fulano? Vixi Maria! Bom demais da conta... comi que nem um porco véi capado." E tenta entrar na linha o resto da semana até o pŕoximo evento social.

Mas como já evoquei aqui no blog, a Mãe Natureza é cruel e a lei da gravidade mais ainda. Então quando me deparei com a realidade francesa - neste caso estou falando das mulheres francesas que podem ser sem-graça, mas são magras! - eu não tive outra escolha a não ser me adaptar ao meio. E aí, meus queridos a coisa muda de tom.

Você é convidado para ir jantar na casa de alguém aqui. Primeira coisa: confirme antes se você vai e se você pensa em levar mais alguém com você (nada de primos penetras de última hora. É inadmissível!). Leve algo para o anfitrião: uma garrafa de vinho, uma caixa de bombons ou flores, mas faça o favor de não chegar de mãos abanando). Não chegue na hora. Explico: o jantar está marcado às 20h, logo entre 20h10 e 20h15 você estará tocando a campainha. Nada dos atrasos fenomenais "culturalmente aceitos" que nós temos no Brasil (n'importe quoi! Franchement...).

Chega a bendita hora de passarmos à mesa: e é aí que está a diferença! Você sabe que terá entrada, prato principal, queijos e sobremesa se estivermos num contexto tipicamente francês (e eventualmente diferentes vinhos para acompanhar cada etapa do jantar). Então você não vai encher o seu pratinho e nem pegar fila porque provavelmente ele já virá servido ou será o anfitrião que o fará começando sempre pelas mulheres e terminando por ele mesmo.

O franceses são "cri-cris". Sem cerimônia nenhuma eu afirmo isso porque eles são cheios das nove horas mesmo. Depois que todos estiverem servidos aí sim podemos começar a comer. E a primeira coisa que notamos é a quantidade de comida servida. Uma brasileira como eu, acostumada com churrascos infinitos e tachos imensos de feijão tropeiro, pensou: "Vou ficar com fome...". Mas não, o jogo aqui é outro. Não se trata somente de encher a pança, mas de fazer do ato de comer um encontro sutil de prazeres. E depois de mais de 3 horas sentada à mesa você chega ao final do jantar linda, leve e solta (este último devido à quantidade de vinhos ingeridos ao longo da noite).

Não pensem que faço apologia à cultura francesa e descarto a minha cultura-mãe. Não, não. Estou bem longe disso. Entretanto, uma coisa que eu aprendi aqui: é ter prazer em comer, tirar um tempo do meu dia para isso, sentar à mesa e conversar com as pessoas (não às TVs ligadas durante as refeições!!!) que dividem isso comigo. Aprendi também a comer 3 produtos derivados do leite e 5 porções de frutas e legumes por dia... rsrsrsrs. Eu digo que os franceses são cheios de mania...

Menu de Noël

Ça y est! Nous avons décidé notre menu de la nuit du 24... je n'ai jamais préparé aucune de ces recettes, mais j'imagine qu'il n'y aura pas de mystère. Je reviendrai après pour vous raconter comment s'est passé. À l'instant je vous dis qu'on aura:

Entrée chaude: Gratin d'asperges
Plat: Canard aux olives
Dessert: Tarte au citron meringuée

Pour le vin on l’achètera demain... j'aimerais bien une petite bouteille du Sud-Ouest (on verra). Sinon il nous reste encore goûter notre choucroute maison demain soir. Un très bon ami arrive nous rendre une visite et on joue les hôtes alsaciens!

Ce soir, un classique du cinéma dans notre petit écran: "La grande bouffe" de Marco Ferreri (1973) accompagné du reste de la lasagne au chou frisé (la recette demain... je vous promets).

Une très bonne soirée!

mercredi 21 décembre 2011

A arte de tomar café sem açúcar

By Bru

No Brasil ainda é de manhã e provavelmente o dia está lindo (hoje é véspera do inverno aqui... então imaginem que beleza que não está!). A gente se levanta com aquela vontade de pão fresquinho com manteiga e café com leite, não é mesmo?!

Entretanto, até um tempo atrás, eu nem ligava muito para café. Não que eu não gostasse. Só nunca foi um hábito tomá-lo. Uma vez ou outra saía com amigos e sempre acabava pedindo um cappuccino que tinha mais chantily que qualquer outra coisa.

Então justiça seja feita, eu devo agradecer ao Bru por ter me iniciado neste universo maravilhoso da cafeína! E sim, eu sinto falta quando não tomo o meu pretinho pela manhã.

Para quem me conhece há algum tempo sabe que eu sempre fui uma apaixonada por chocolates. Mas do tipo que pode fazer uma dégustation à l'aveugle e dizer a marca e o tipo de chocolate! Porém, a adolescência já passou há muito tempo e o meu organismo sente imediatamente as consequências do açúcar ingerido (meu culote que o diga!). Para o bem de todos eu tive que me reeducar e aprender a encontrar os prazeres do açúcar ailleurs.

O que isso tudo tem a ver com o café? Calma... já chego lá.

Como disse foi o Bruno quem me ensinou não somente a tomar café, mas a saber apreciá-lo. Todo dia de manhã é ele quem prepara a nossa xícara de café com leite e o meu despertador é o barulho do microondas! Eventualmente a gente toma um expresso depois do almoço, mas isso eu não faço com tanta frequência. Depois das 15h eu evito o café porque ele me deixa muito agitada e atrapalha o meu sono. Enfim, 1 xícara em média é o meu consumo diário e o meu organismo reaje bem a essa dose homeopática.

Porém, no início nem tudo foi flores. Eu deixei de pedir chantily para sentir o verdadeiro sabor do café, mas achava muito forte e colocava 2 sachês de açúcar! E bum! Meu culote dizia "Olha aqui os sachêzinhos de açúcar, querida!" Devo confessar que a decisão de ir diminuindo o açúcar do meu café gradualmente foi, a princípio, um fato puramente estético (o tamanho da minha bunda en ocurrence). Contudo a medida que eu ia deixando de lado les mauvaises habitudes eu me interessava cada vez mais pelo sabor do café puro.

Cheguei ao estágio onde já não conseguia mais tomar um café muito doce. E isso aconteceu quando nós estávamos no Brasil no último mês de julho e agosto. E só então eu me dei conta de como as pessoas perdem em sabor ao colocar tanto açúcar no café. Fica literalmente um melado!

Então este post tem esse tom de testemunho-de-uma-ex-viciada-em-açúcar justamente para dizer a vocês que o cafezinho pode (e deve) muito bem passar sem chantily e companhia (e aqui um grande parênteses quanto ao uso deliberado do adoçante no Brasil. Gente! Isso é um veneno!!). Não tome nenhuma decisão radical. Vá diminuindo as doses. Dê tempo ao seu organismo (o meu levou mais de 1 ano) e aprenda a saborear, a sentir cada nota, cada aroma. Meu preferido? Um bom expresso acompanhado somente de um pedaço de chocolate amargo. Não tem igual!

Bem, quanto a qualidade dos cafés servidos aqui na França... isso é uma outra história...

mardi 20 décembre 2011

Goût d'enfance

Je me suis réveillée avec les gros petits flocons de neige qui tombaient sur ma chérie Strasbourg et encore complétement dans mon lit j'ai chouchouté à Bruno: "Amor, tá nevando..." et on s'est endormit pour presque une heure de plus en souriant.

Après une longue journée grisaille (la neige est finie et à sa place on a eu droit a une pluie embêtante) où mes sauts d'humeurs n'aidaient personne, nous sommes rentrés dans notre ninho de amor, si j'ose dire, et ma seule envie c'était un bom e aconchegante mingau de fubá. 10 minutes après j'avais mon petit plat!

Cette recette ma mère m'a toujours fait et elle reste incontournable dans mes moments nostalgiques. Elle est ridiculement simple, pas du tout chère (sauf pour la cannelle à saupoudrer à la fin) et bonne pour la santé:


Mingau de fubá


Ingrédients pour 1 personne:
  • 3 c. à s. de fuba (c'est de la farine de maïs très fine en allemand ça s'appelle maismehl - eh oui! Je fais nos courses de temps en temps à Kehl!!)
  • 2 c. à s. de sucre roux 
  • 30 cl de lait

Préparation:
Mettre tous les ingrédients dans une casserole et porter sur feu doux pour environ 10 minutes. L'astuce: on ne cesse jamais de remuer sinon on aura une pâte pleine des grumeaux. On la faire cuire jusqu'à la texture d'une compote pour les bébés (désolée... je n'ai pas trouvé une autre comparaison). Ensuite je la mets dans une assiette et je la déguste encore tiède saupoudrée de cannelle. Ça donne chaud au cœur!

Boa noite!


lundi 19 décembre 2011

Une belle découverte

Venus d'un pays tropical, nous n'avons jamais entendu parler du panais. Même en France il est un peu oublié ce légume, mais j'avoue qu'il a fait une bonne impression chez nous.

Ça m'arrive souvent de faire un gâteau à la carotte avec sa nappe en chocolat (Miammm!!). Il est un classique au Brésil et depuis la plus tendre enfance on se régale comme de fous pendant le goûter! Alors, en face du panais je m'interrogeais "Qu'est-ce que je peux bien faire de ce machin là?" Tic-tac, tic-tac... et voilà! Je fais un gâteau au panais!! Je prends exactement ma recette traditionnelle à la carotte et je la remplace. Le résultat? Ben, il faut le faire, quoi!

Gâteau à la carotte (ou au panais!)

Ingrédients:
  • 3 œufs
  • 1 tasse d'huile de tournesol (une tasse de thé... on utilise souvent cette mesure pour les recettes au Brésil)
  • 2 tasses de carottes crues râpées
  • 2 tasses de farine de blé
  • 2 tasses de sucre semoule
  • 1 sachet de levure

Préparation:
Mixer les 3 premiers ingrédients jusqu'à ce qu'ils deviennent une pâte homogène. Battre à l'aide d'un fouet l'appareil aux carottes avec de la farine et du sucre. Le petit secret? Ajouter délicatement la levure à l'aide d'une cuillère. Mettre au four (préchauffé - 180°C) pour environ une petite demie heure.

Ma petite touche: (pour le panais on peut s'en passer)
3 cuillères à soupe de chocolat en poudre, 3 cuillères à soupe de sucre semoule, 1 cuillère à soupe de beurre et 4 cuillères à soupe de lait. Mettre tout dans une casserole et faire fondre jusqu'à l’ébullition en remuant sans cesse. Une fois le gâteau sorti du four il vous suffit de l'habiller avec cette belle nappe!

Bom apetite!


Bolo de cenoura? Quase...

Neste inverno nós descobrimos um legume que é primo primeiro da cenoura. Em francês se diz "panais" (se pronuncia "pané") e no Brasil seria "chirívia" (cruzes!)

Ele tem essa cara de quem comeu e não gostou, mas digo-lhes que o gosto é surpreendentemente bem marcado! O bolo de cenoura está na lista dos Top 10 aqui em casa... sempre que bate a saudade da terrinha lá vou eu pra cozinha (pena que não dá pra fazer pamonha...)

Então eu tive a brilhante ideia de revisitar a minha receita tradicional e não deu pra quem quis. Anota aí (mesmo que no Brasil seja difícil achar esse legume, sempre tem uns lusófonos espalhados pelo mundo que podem aproveitá-la):

Bolo de panais (nem pensar em dizer chirívia... é muito feio!!)

Ingredientes:
  • 3 ovos
  • 1 xícara de óleo
  • 2 xícaras de panais cru picado (descasque como você descasca a cenoura)
  • 2 xícaras de farinha de trigo
  • 2 xícaras de açúcar cristal
  • 1 colher de sopa de fermento em pó

Modo de preparo:
Pré-aquecer o forno (180ºC). Untar a forma (margarina e farinha de trigo). Bater os 3 primeiros ingredientes no liquidificador. Depois bater esse creme de panais na batedeira com o açúcar e a farinha de trigo. O panais tem menos água que a cenoura. É normal que fique uma pasta meio dura. Mas o segredo está na hora de acrescentar o fermento. Este é no final... e mexido delicadamente com uma colher. Levar ao forno por cerca de 30 minutos. Este bolo dispensa a cobertura de chocolate! O resultado é um ótimo lanche para ser servido com um bom café quentinho.

Para quem ficou com água na boca e não tem o panais, faça a mesma receita com a boa e velha cenoura. Afinal de contas é o prazer que conta.

Bon appétit!